terça-feira, 19 de março de 2013

As nossas histórias do mar


Os pequenos escritores da turma 3.4 levaram as suas histórias sobre o mar aos colegas do Centro Escolar Alameda. A sua fantasia e criatividade cativaram os ouvintes e evidenciaram um dos objetivos da escrita: transmitir ideias e emoções.

Partilhamos convosco aqui duas dessas histórias:

“A família dos três peixinhos”

            Era uma vez um peixe chamado Pequenote. (Tinha este nome porque era muito pequenino).
            Então o Sr. Grandalhão, que era o pai dele e era muito grande, dizia-lhe sempre o mesmo, ao ver que o filho estava triste:
            - O que é que se passa, Pequenote?
            O filho, quase a chorar, respondia-lhe:
            - Os outros peixes estão sempre a gozar comigo por ser tão pequeno!...
            - Deixa lá. Eu vou falar com eles. - respondeu o pai.
            A mãe, a Sra. Média, que ficou a ouvir a conversa, disse:
            - Acho que devias mesmo ir. Sou da tua opinião.
            No dia seguinte a Sra. Média, que acordou mais cedo, foi acordar o Sr. Grandalhão e disse-lhe:
            - Vai acordar o Pequenote e quando o levares para a escola dá-lhes o “sermão” que precisam de ouvir.
            -Está bem, eu vou. - respondeu o Sr. Grandalhão , ainda cheio de sono.
            Quando chegaram à escola o Sr. Grandalhão disse-lhes muito zangado:
            - Se vocês gozam com o meu filho, por ser pequeno ou por outra coisa qualquer, eu venho cá outra vez. E eu não quero fazer isso.
            Deixando o filho na escola, voltou para casa ter com a Sra. Média.
            A Sra. Média perguntou:
            - Como é que correu?
            - Muito bem! Quando comecei a berrar com eles, começaram logo a encolher-se.
            - Acho que nunca mais se metem com o Pequenote. – acrescentou a Sra. Média.
            - Também acho. - disse o Sr. Grandalhão.
            Ao fim da tarde a Sra. Média propôs:
            - Eu vou buscar o Pequenote.
            - Sim, vai. Eu fico aqui.
            Ao chegar da escola, o Pequenote disse, zangado, para os pais:
            - Agora ninguém brinca comigo!
            - Ó filho, tens de dizer-lhes que gostavas muito de brincar com eles porque são todos amigos. Aconselhou o Sr. Grandalhão.
            - Está bem. Eu digo-lhes, amanhã.
            E passaram todos a brincar com ele. Não houve mais problemas com o Pequenote e o Pequenote passou a chamar-se Grandalhão porque, a certa altura, já era do tamanho do pai.
                                                                                           Maria Leonor Tojeiro Barbedo 
 
 
A Aventura
         Era uma vez uma tartaruga que não tinha amigos.
         A mãe da tartaruga dizia-lhe que qualquer dia encontraria muitos amigos. Mas ela não acreditava.
         Então, um dia, encontrou um caranguejo muito despachado e perguntou-lhe:
         - Para onde vais?
         - Eu vou para o meu emprego.
         E novamente a tartaruga perguntou:
         - Queres ser meu amigo?
         - Olha, por acaso, até gostava muito. Mas depois falamos. Agora tenho de ir trabalhar.
         Então a tartaruga foi logo dizer à mãe, que estava a fazer o jantar:
         - Mãe, encontrei um amigo!
         A mãe olhou para ela e disse:
         - Muito bem filha! Estou muito feliz contigo.
         Passados alguns dias, viu o seu amigo caranguejo e perguntou-lhe o nome.
         - O meu nome é Tiago.
         Nesse dia, era a tartaruga que tinha pressa e foi-se embora!
         Viu ao longe um tubarão e então perguntou-lhe:
         - Para onde vais?
         - Eu vou para minha casa.
         - Como te chamas?
         - Eu chamo-me Tomás.
         Enquanto falava com o Tomás viu o José, o peixe palhaço mais famoso do fundo do mar, a fazer piadas.
         Mais de um mês depois, a tartaruga ainda continuava a procurar amigos: encontrou um amiguinho que deitava tinta preta, era o Miguel, o único polvo que vivia no mar.
         Viu o Luís, o búzio, e a Mónica, a ameijoa. Os dois estavam a brincar com o Tomás, com o José e com o Tiago.
         Os cinco amigos, ao verem a tartaruga, perguntaram em coro:
         - Como te chamas?
         - Eu sou a Margarida. Estou tão contente por sermos amigos!
         Os seis amigos foram brincar no meio dos corais e das anémonas…
Tomás Valente

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