Partilhamos convosco aqui duas dessas histórias:
“A família dos três peixinhos”
            Era uma vez um peixe chamado Pequenote. (Tinha este
nome porque era muito pequenino).
            Então o Sr. Grandalhão, que era o
pai dele e era muito grande, dizia-lhe sempre o mesmo, ao ver que o filho
estava triste:- O que é que se passa, Pequenote?
O filho, quase a chorar, respondia-lhe:
- Os outros peixes estão sempre a gozar comigo por ser tão pequeno!...
- Deixa lá. Eu vou falar com eles. - respondeu o pai.
A mãe, a Sra. Média, que ficou a ouvir a conversa, disse:
- Acho que devias mesmo ir. Sou da tua opinião.
No dia seguinte a Sra. Média, que acordou mais cedo, foi acordar o Sr. Grandalhão e disse-lhe:
- Vai acordar o Pequenote e quando o levares para a escola dá-lhes o “sermão” que precisam de ouvir.
-Está bem, eu vou. - respondeu o Sr. Grandalhão , ainda cheio de sono.
Quando chegaram à escola o Sr. Grandalhão disse-lhes muito zangado:
- Se vocês gozam com o meu filho, por ser pequeno ou por outra coisa qualquer, eu venho cá outra vez. E eu não quero fazer isso.
Deixando o filho na escola, voltou para casa ter com a Sra. Média.
A Sra. Média perguntou:
- Como é que correu?
- Muito bem! Quando comecei a berrar com eles, começaram logo a encolher-se.
- Acho que nunca mais se metem com o Pequenote. – acrescentou a Sra. Média.
- Também acho. - disse o Sr. Grandalhão.
Ao fim da tarde a Sra. Média propôs:
- Eu vou buscar o Pequenote.
- Sim, vai. Eu fico aqui.
Ao chegar da escola, o Pequenote disse, zangado, para os pais:
- Agora ninguém brinca comigo!
- Ó filho, tens de dizer-lhes que gostavas muito de brincar com eles porque são todos amigos. Aconselhou o Sr. Grandalhão.
- Está bem. Eu digo-lhes, amanhã.
E passaram todos a brincar com ele. Não houve mais problemas com o Pequenote e o Pequenote passou a chamar-se Grandalhão porque, a certa altura, já era do tamanho do pai.
                                                                                          
Maria Leonor Tojeiro Barbedo 
A Aventura
         Era uma
vez uma tartaruga que não tinha amigos.
         A mãe
da tartaruga dizia-lhe que qualquer dia encontraria muitos amigos. Mas ela não
acreditava.
         Então,
um dia, encontrou um caranguejo muito despachado e perguntou-lhe:
         - Para
onde vais?
         - Eu
vou para o meu emprego.
         E
novamente a tartaruga perguntou:
         -
Queres ser meu amigo?
         - Olha,
por acaso, até gostava muito. Mas depois falamos. Agora tenho de ir trabalhar.
         Então a
tartaruga foi logo dizer à mãe, que estava a fazer o jantar:
         - Mãe,
encontrei um amigo!
         A mãe
olhou para ela e disse:
         - Muito
bem filha! Estou muito feliz contigo.
         Passados
alguns dias, viu o seu amigo caranguejo e perguntou-lhe o nome.
         - O meu
nome é Tiago.
         Nesse
dia, era a tartaruga que tinha pressa e foi-se embora!
         Viu ao
longe um tubarão e então perguntou-lhe:
         - Para
onde vais?
         - Eu
vou para minha casa.
         - Como
te chamas?
         - Eu
chamo-me Tomás.
         Enquanto
falava com o Tomás viu o José, o peixe palhaço mais famoso do fundo do mar, a
fazer piadas.
         Mais de
um mês depois, a tartaruga ainda continuava a procurar amigos: encontrou um
amiguinho que deitava tinta preta, era o Miguel, o único polvo que vivia no
mar.
         Viu o
Luís, o búzio, e a Mónica, a ameijoa. Os dois estavam a brincar com o Tomás,
com o José e com o Tiago.
         Os
cinco amigos, ao verem a tartaruga, perguntaram em coro:
         - Como
te chamas?
         - Eu
sou a Margarida. Estou tão contente por sermos amigos!
         Os seis
amigos foram brincar no meio dos corais e das anémonas…
Tomás
Valente
 
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