LENDA DA SANTA CRUZ DE POIARES
No morro da mata de Santa Bárbara, existia uma grande parede muito velha, onde habitualmente uma pobre pastorinha levava o seu rebanho a pastar.
Todas as vezes que levava o gado, sentava-se em cima da parede. A pastora era cega e muda e ia fiando a lã com o fuso, enquanto as ovelhas pastavam. Entusiasmada com o trabalho, fazia dançar o fuso e tanto este dançou que lhe caiu das mãos e sumiu-se por entre os buracos da parede. A pastora ouviu um som: o fuso, ao cair, “tilintara”, tocara em qualquer objeto metálico. Aflita, veio ao povoado contar às
pessoas. As pessoas, incrédulas, acompanharam a pastora e viram, ao chegar ao local, a parede desfeita. Pasmadas, verificaram que se encontrava, no alicerce da mesma, uma formosa e valiosa cruz de prata.
A cruz foi desenterrada da cova e foi levada para um lugar próprio. “É a Santa Cruz de Poiares”.
Lenda cedida pela Sra Dona Maria Leopoldina Conceição, de Vilarinho dos Freires
Este texto foi retirado do livrinho “Memórias D’ouro”, Escola EB 2,3 do Peso da Régua Ano letivo 2007 / 2008 (Um contributo dos alunos do 7º 2 Para o Projeto Émostra).
Esta visita foi levada a cabo porque no ano letivo anterior, lemos algumas lendas associadas ao concelho de Peso da Régua, entre as quais, esta que aqui se apresenta.
Sabendo que a “estrela” desta lenda se encontrava em exposição no Museu do Douro, quisemos ir conhecê-la. E grande surpresa foi a nossa, pois nunca poderíamos imaginar que se tratava de tão valioso objeto e de tão grandes dimensões (1,15m e quase, quase 800 anos… Extraordinário!)
Pudemos observar, também, algumas outras “relíquias”, como se pode ver nas fotografias.
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